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      TACHÃ

      15 Mai 2021

      Tachã
      Chauna torquata
      Southern Screamer
      A tachã é uma ave anseriforme da família Anhimidae. Também conhecido por inhuma-poca, chajá, anhuma-do-pantanal, tarrã (Rio Grande do Sul) e tachã-do-sul.
      O nome anhuma é pantaneiro, sendo também usado para uma outra espécie da mesma família, habitante da mata amazônica e matas densas do Centro-oeste (nunca foi detectada no Pantanal, mas ocorre no alto rio Paraguai).
      Seu nome científico significa: do (grego) khaunos = esponjoso, rugoso, poroso, referente aos sacos de ar sob a pele das aves gritadoras; e do (latim) torquata, torquatus = colarinho, colar. ⇒ Pássaro com colar de pele rugosa.
      De coloração pardo-acinzentada escura, com algumas manchas brancas, cabeçuda e topetuda. O pescoço é contornado por uma gola negra realçada por uma segunda penugem branca. A face superior da asa é negra, com grande área branca visível durante o vôo, a face inferior da asa é totalmente branca. Região perioftálmica, anel nu ao redor do pescoço (nem sempre visível), pernas são vermelhas. Não há dimorfismo sexual, as fêmeas são menores que os machos. As patas são curtas e fortes e os três dedos da frente estão unidos por uma membrana interdigital rudimentar. Altura média de 80 cm e peso em torno de 4kg.
      Grande habitante dos brejos, com formato e características únicas. O corpo, pernas e pés são enormes em relação à cabeça, pequena e com um penacho na nuca. Em vôo, mostra uma grande área branca sob a asa. Possui um esporão vermelho no cotovelo da asa, visível quando está pousada ou voando. Apesar do aspecto agressivo, não é usado como arma de ataque, servindo para comunicação entre as tachãs.
      Destaca-se pelo chamado alto, feito por um indivíduo ou pelo casal, em dueto. Pode gritar a qualquer momento do dia, avisando sobre sua presença ou de intrusos, atraindo a raiva dos caçadores, ao espantar a presa. Esse chamado é mais grave no macho do que na fêmea, esta mais esganiçada, e é interpretado como dizendo “tachã”.
      Alimenta-se, principalmente, de folhas de plantas aquáticas, apanhadas enquanto caminha pelo brejo ou nas margens, assim como insetos e moluscos.
      É monogâmica e territorialista. Pousa nas praias ou nas árvores da mata ribeirinha. Constrói um enorme ninho de folhas emaranhadas sobre um arbusto ou árvore pequena, sempre sobre a água. Coloca de 2 a 7 ovos, chocados durante cerca de 45 dias. Geralmente o macho passa mais tempo chocando os ovos, revezando com a fêmea quando precisar se alimentar mas nunca deixam o ninho sozinho. Os filhotes saem do ninho logo depois de nascerem ou no dia seguinte, cobertos com penugem semelhante a dos patinhos. Caminham com os pais, ficando imóveis e escondidos na vegetação ao primeiro grito de alerta. Os juvenis recebem os cuidados parentais de ambos os progenitores durante 3 a 4 meses. Os filhotes nascem com plumagem densa, marrom-amarelada. Por volta dos 5 meses completam a plumagem e podem voar.
      Muitas vezes, os ninhos são construídos nos brejos conectados aos rios e é possível observar, durante a baixa das águas, as tachãs chocando a poucos metros da calha do rio.
      Forma grandes bandos para pernoitar nos banhados, ficando em pé na água rasa. Durante o período reprodutivo são territoriais, afastando as outras tachãs. Depois, chegam a formar grupos de até 20 tachãs.
      Ocorre no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Região Sul. WUKIAVES 2021. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/wik... Acesso em: 10 de maio de 2021.

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        Localização  Miranda - MS
        -20.235958, -56.3751037
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