Rhinella icterica - Sapo-Cururu / Yellow Cururu Toad (Spix, 1824)

18 Mai 2018

Amphibia: Lissamphibia: Batrachia: Anura: Neobatrachia: Bufonoidea (Hyloidea???): Bufonidae

Hora: 17:21:46

"Cururu" é um nome local que refere-se ao som do chamado de acasalamento dos machos. Pertencem à classe Amphibia, subclasse Lissamphibia, superordem Batrachia, ordem Anura, subordem Neobatrachia, superfamília Bufonoidea (Hyloidea???) e família Bufonidae. O sujeito retratado é uma fêmea.

São nativos no Nordeste da Argentina (Província de Misiones), Sul do Brasil e Leste do Paraguai. Os machos normalmente medem entre 98-166mm de comprimento e as fêmeas entre 110 e 190mm de comprimento. Fêmeas jovens possuem um dorso amarelo com uma clara linha mediana e padrões com manchas negras. Os machos são normalmente de uma coloração verde-amarelada clara com poucas manchas negras. Possuem uma barriga branca adornada com marrom e fortes cristas cefálicas com pele verrucosa.

Habitam o Cerrado (savana), florestas tropicais e subtropicais, e planícies de pastoril cobertas por campos localizadas no Sul da América do Sul. Podem viver em habitats degradados e campos. São comumente encontrados em habitats urbanos e suburbanos graças às abundantes fontes de alimentos (insetos atraídos por luzes artificiais).

Suas glândulas parótidas são fortes e podem esguichar bufotoxinas, cuja composição varia entre espécies e são fortes lactonas esteróides. Essas toxinas podem ser divididas em dois grupos, que são bufadienólidos (glicósidos cardíacos como bufotalina e bufogenina) e triptamina (substâncias relacionadas como bufotenina). A substância esguicha da glândula quando o sapo é apertado ou perturbado, mas casos de intoxicação em humanos são muito raros e o tratamento envolve descontaminação gástrica e administração das arritmias. Pode ser necessário a utilização de antídotos de digoxina.

Esse mecanismo de defesa, junto à sua história de sucesso reprodutivo, fez com que eles se propagassem com facilidade. Os predadores tendem a evitá-los dado a toxina; cobras são geralmente mortas ao ingerí-los por conta da toxina. Seu ciclo de vida inicia-se com o depósito dos ovos, onde enclodem os girinos, que se tornam imagos e procedem a atingir a fase adulta. São muito importantes ecologicamente como controladores biológicos naturais de Insetos, Moluscos, pequenos ratos e muitos Artrópodes. É sabido que também podem predar pássaros e seus ovos, como pode ser visto na fonte disponível ao fim deste texto. Os girinos se alimentam de matéria suspensa ou na superfície de pedras e plantas submergidas.

A estação reprodutiva começa de Agosto e vai até Janeiro em rios e coleções de águas paradas como lagoas e poças. Os machos geralmente vocalizam durante a noite para chamar as fêmeas, mas podem fazê-lo durante o dia também. Em sua época reprodutiva, os chamados de acasalamento são geralmente vocalizados perto de fontes de água. Os ovos são depositados em uma linha pegajosa, geralmente em milhares. Os girinos tendem a ficar juntos.

A linha de ovos é grande e é depositada em águas rasas. O declínio na população de Anfíbios pode ser por alteração e perda de habitat, modificação de habitat por desmatamento ou atividades relacionadas e pesticidas locais, fertilizantes e alguns poluentes. Rhinella icterica não está em perigo de extinção, mas está sofrendo declínio populacional em alguns lugares devido a poluição e pela drenagem de suas fontes de água. Também são ignorantemente mortos por pessoas.

Você pode ouvir seu chamado de acasalamento numa fonte nos comentários.

NOTA PESSOAL: Já manejei muitos desses sapos, incluindo o retratado para impedir que os cachorros os comecem. Após o resgate, ela foi colocada nesses degraus onde pegou no sono. Ela pensou que eu era um predador ou ameaça e esguichou a bufotoxina na minha pele e absolutamente nada aconteceu, o que me leva a crer que a bufotoxina só pode ser absorvida por algumas partes do corpo como as mucosas, feridas abertas ou ingestão. Manejei inúmeros Rhinella icterica, e poucas foram as tentativas onde o sapo não esguichou a toxina. O esguicho é fraco, normalmente muito limitado e escorreu e pingou de minhas mãos. Nunca sofri qualquer dano por manejá-los, mesmo quando eu possuía feridas semi-abertas na pele e a toxina foi esguichada nestas, talvez não o suficiente para adentrá-las. Isso faz com que eu pense que a toxina é potencialmente perigosa para a ingestão, absorção pelas mucosas ou em um infeliz acidente de absorção através de uma ferida aberta na pele. Com isto, concluí que a toxina não é perigosa ao contato com uma pele sadia.

Fontes nos comentários.

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