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      Tapajosa sp. - Cigarrinha-Tapajosa (Melichar, 1924a: 241)

      16 Mai 2018

      Hemiptera: Auchenorrhyncha: Cicadomorpha: Membracoidea: Cicadellidae: Cicadellinae: Proconiini

      Tapajosa é um gênero da ordem Hemiptera, subordem Auchenorrhyncha, infraordem Cicadomorpha, superfamília Membracoidea, família Cicadellidae, subfamília Cicadellinae e tribo Proconiini. Possuem distribuição Neotropical, e o mínimo de informação disponível para mim é que podem ser encontrados na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Venezuela de acordo com Insectoid (fonte nos comentários), mas desconheço se esta informação está correta, incompleta ou errada. Creio que esse espécime é um Tapajosa fulvopunctata, Tapajosa spinata ou uma das espécies sem fotos na Internet.

      Sinônimos de T. fulvopunctata incluem:

      Tettigonia fulvopunctata (Signoret, 1854c: 484)
      Proconia fulvopunctata (Walker, 1858b: 229)
      Tapajosa fulvopunctata (Melichar, 1924a: 242)
      Tapajosa fulvopunctata var. concolor (Melichar, 1924a: 242)
      Oncometopia marginula (Osborn, 1926b: 170)

      Aparentemente, há outras variações dessa espécie como pode ser visto na fonte nos comentários


      Entretanto, não sei se o "var. concolor" refere-se a uma variação (como retratado) ou uma subespécie devido a escassez de informações. As manchas amarelas retratadas no meu espécime parecem levemente diferentes de fulvopunctata, mas não corresponderam à nenhum outro membro do gênero com fotos disponíveis na Internet, além de spinata, que também possui leves diferenças. Isto fez com que eu pensasse que o meu espécime é um Tapajosa fulvopunctata ou Tapajosa spinata com pequenas variações intraespecíficas (ou outra subespécie), ou uma das espécies sem fotos disponíveis na Internet, citadas mais abaixo. Além disso, de acordo com os links abaixo, os membros desse gênero possuem cores mais escuras quando machos e cores mais claras (incluindo as manchas amarelas) quando fêmeas, exceto em T. rubromarginata (que não é meu espécime), então estou inclinado na crença de que meu espécime é uma possível fêmea, caso as fotos dos links abaixo demonstrem a realidade de um indivíduo vivo e não de um indivíduo que se deteriorou com o tempo.

      As plantas hospedeiras de T. fulvopunctata (que pode refletir no resto do gênero, pelo menos parcialmente) incluem Anacardium occidentale (Anacardiaceae) ("cajú"), Cordia goeldiana (Boraginaceae) ("freijó"), Enterolobium contortisiliguum (Fabaceae) ("timbaúva"...), Pseudopiptadenia contorta (Fabaceae) ("angico"), Crocus sativus (Iridaceae) ("açafrão-verdadeiro"), Gossypium hirsutum (Malvaceae) ("algodão"), Psidium guajava (Myrtaceae) ("goiabeira"), Zea mays (Poaceae) ("milho"), Lantana camara (Verbenaceae) ("lantana"), Vernonia condensata (Asteraceae) ("boldo") e possivelmente muitas outras.

      Parecem demonstrar interesse particular em Vernonia condensata (Asteraceae).

      As seguintes espécies estão supostamente presentes nesse gênero:

      Tapajosa doeringii (Berg, 1879d: 248)
      (fonte nos comentários)

      Tapajosa fulvopunctata (Signoret, 1854c: 484)
      (fonte nos comentários) - remete ao meu indivíduo, exceto por tênues diferenças

      Tapajosa obscurior (Fowler, 1899)
      (não pude achar fotos e não sei se é uma espécie válida)

      Tapajosa ocellata (Osborn, 1926b: 169)
      (fonte nos comentários) - note que há perceptíveis variações intraespecíficas aqui

      Tapajosa rubromarginata (Signoret, 1855d: 793)
      (fonte nos comentários) - fêmeas são mais escuras aqui

      Tapajosa similis (Melichar, 1925)
      (não pude achar fotos)

      Tapajosa spinata (Young, 1968)
      (fonte nos comentários) - remete ao meu indivíduo, exceto por tênues diferenças

      Tapajosa ulcerata (Signoret, 1854)
      (não pude achar fotos e não sei se é uma espécie válida)

      Informações são escassas e desconheço se existem mais.

      Detalhes do gênero podem ser vistos no speciesfiles nos comentários.

      Eu sei que é confuso, mas as informações sobre este Hemíptero são confusas. Em resumo, meu espécime pode ser um T. fulvopunctata, um T. spinata ou uma das espécies sem fotos na Internet.

      De acordo com um estudo que providenciarei nos comentários, Tapajosa rubromarginata são vetores de Xylella fastidiosa, a Clorose Variegada dos Cítrus (CVC) que afeta plantas. Não pude encontrar quaisquer informações que afirmem que outras espécies de Tapajosa sejam vetoras.

      (fonte nos comentários)

      Sobre a Xylella fastidiosa: Doenças são comumente associadas com a evolução, e a CVC pode potencialmente trazer benefícios às espécies de plantas atingidas no futuro. Irei citar um texto de duas fontes que fornecerei abaixo:

      "X. fastidiosa é primariamente considerada um patógeno de plantas, apesar do fato que ela coloniza dois hospedeiros distintos com sucesso: plantas e insetos vetores. Fato é, a colonização de ambos os hospedeiros é necessária para a disseminação das bactérias no ecossistema; é entristecedor que a maioria das pesquisas até então tenham focado nas plantas como hospedeiras, pois os insetos são igualmente importantes. A importância econômica da doença causada por X. fastidiosa também cobre o fato de que ela provavelmente tenha evoluído para ser um inofensivo endófito; as bactérias são capazes de se multiplicar e se transferir entre uma ampla variedade de hospedeiros mas causa a doença em pouquíssimos de maneira específica. Além disso, trabalhos devotados aos mecanismos do patógeno levam à conclusão de que X. fastidiosa regula sua expressão genética de uma maneira dependente da densidade celular, essencialmente desligando sua maquinária de colonização das plantas quando em alta densidade. Esse cenário contraintuitivo é explicado pelo fato de que os traços necessários para a colonização de insetos, e consequentemente transmissão planta-para-planta, são expressas apenas em densidades celulares elevadas. Tendo em mente que os insetos vetores discriminam contra plantas sintomáticas, é esperado que a redução da expressão sintomática reduza as estatísticas de transmissão, efetivamente reduzindo o estabelecimento do patógeno e disseminação da doença."

      (fonte nos comentários:

      Segunda fonte:

      "Hospedeiros podem evoluir em resposta à infecção em maneiras que influenciam a virulência. Os exemplos mais observados da evolução do hospedeiro em resposta à doença incluem estudos nos coelhos Australianos e o vírus Myxoma, grilos e moscas parasitóides, e bactérias e fagos. Estratégias do hospedeiro para combater a infecção podem ser agrupadas em duas categorias: tolerância do hospedeiro e resistência do hospedeiro (Boots et al. 2009). A tolerância do hospedeiro descreve a abilidade do hospedeiro tolerar uma infecção por um patógeno ao minimizar o dano causado mas sem impedir a replicação ou transmissão do patógeno. Em contraste, as estratégias de resistência do hospedeiro reduzem a probabilidade de que um hospedeiro seja infectado, reduzem a replicação do patógeno dentro do mesmo, e/ou aumentam a velocidade de cura contra o patógeno (recuperação). Dado que hospedeiros se beneficiariam ao resistirem uma infecção, uma ótima pergunta é, "Qual o motivo de hospedeiros não serem mais resistentes aos patógenos?" Potenciais explicações incluem: uma troca entre características de resistência e outras características de resistência relacionadas ao estabelecimento, evolução do patógeno para driblar ou revidar as características de resistência do hospedeiro, e trocas entre defesas miradas aos diferentes tipos de cepas de parasitas (Schmid-Hempel, 2005). Em contraste, é frequentemente esperado que traços que conferem tolerância evoluam em fixação, assumindo que os benefícios desses traços pesem mais que os custos.

      Interações hospedeiro-parasitas, então, podem levar à dinâmicas coevolucionárias que podem aumentar a diversidade genética entre hospedeiros e patógenos através de eventos coespecíficos e corridas genéticas. Um processo que pode levar à uma mudança coevolucionária é a seleção dependente de frequência negativa, onde múltiplos hospedeiros e genótipos de parasitas existem e apenas algumas combinações de hospedeiros-parasitas resultam em infecção. Com o passar do tempo, a frequência de genótipos resistentes em uma população pode ser afetada por dinâmicas de genótipos de parasitas locais. Isso foi ilustrado em estudos de longa duração com parasitas Trematódeos infectando moluscos de água doce na Nova Zelândia (Lively & Dybdahl, 2000). Esse trabalho também mostrou que estatísticas altas de infecção podem terminar favorecendo a reprodução sexual do hospedeiro como estratégia para gerar novos genótipos de hospedeiros que podem resistir a infecção contra clones comuns de parasitas."

      (fonte nos comentários)

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